27/06/2006

GNR de serviço

Admito que me apetece escrever umas linhas mas ando ocupado com a minha cabeça noutro lugar. Além disso, por estes dias existe ainda outro lugar onde a minha cabeça se refugia de quando em vez: Alemanha! Baahhh!!
Estudei muitos anos, licenciei-me em ciências humanas, estudei o profundo e o fundamento do colectivo humano...mas perco a cabeça quando vejo futebol, muito particularmente quando estão em campo as minhas preferências clubísticas ou a selecção nacional de futebol, formalmente a equipa organizada pela Federação Portuguesa de Futebol (muitos já elevaram o nível destes homens e já só a eles se referem como a Selecção! Como se de sobrenaturais se tratassem).
O que se passa é que são tratados com uma deferência digna de qualquer soberano numa ditadura monárquica: horas de telejornais, a abertura destas, em manchete, o prime time dos canais todos, capas de jornais, revistas invadidas com as suas caras e as suas famílias, as suas histórias (desinteressantes) de vida, e o mais importante, união nacional absoluta e incontestada do povo à volta destes atletas, com bandeiras portuguesas pregadas em qualquer apoio da casa, do carro, do nosso corpo (já vi pares de mamas com a palavra Portugal. Muitos portugueses sofrem mais com estes jogos tipo o da Holanda do que sofrem com qualquer outra coisa. Já estou a imaginar haver um acidente, ligeiro, e o outro condutor a dizer que não foi nada, é só o radiador e a cabeça do motor para o galheiro, mas tenho que me ir embora porque está a começar o jogo de Portugal. E a polícia não aparece antes do fim do jogo...
Já se percebeu que eu poderia ser o condutor com pressa ou o GNR de serviço!

24/06/2006

Para quem gosta de futebol

Na continuação do post anterior anexo esta notícia:

"Portugueses são os que menos acompanham os jogos do Mundial

Na primeira semana do Mundial, entre 9 e 15 de Junho, Portugal foi o país que menos acompanhou os jogos das outras selecções da prova que se realiza na Alemanha. A razão? A larga maioria dos encontros é transmitida numa televisão de acesso pago, a Sport TV, ao passo que no resto da Europa a esmagadora maioira dos países recebe o Mundial em canais de sinal aberto.
Segundo um estudo realizado em 40 países espalhados pelo mundo pela agência internacional Carat, em Portugal a audiência média dos jogos do Mundial de futebol que envolvem as selecções de outros países foi, na primeira semana, de apenas 1,6 por cento - o valor mais baixo entre todos os participantes na prova. Por outro lado, quando joga a sua equipa, os portugueses estão entre os maiores apoiantes, com uma audiência média de 32,8 por cento, apenas atrás dos italianos (34,9) e dos holandeses (36,2), os grandes aficionados pela sua selecção(...)"


In www.publico.pt

18/06/2006

Fifa World Cup 2006

Este é um mês muito feliz para quem gosta de futebol, como eu. Podia ser mais feliz se o futebol fosse considerado um bem de interesse público nacional e fosse, consequentemente, transmitido em canal aberto, como na minha infância e adolescência, quando mergulhava numa espécie de letargia ou hibernação de Mundial. Mas agora, com a Pay TV, somos mais modernos, mas mais pobres, e mais corruptos, pois assim sempre vou dando uma vista de olhos no mundial através de sistemas piratas de difusão de TV. Bem feito para eles, eu queria ver na TV.

Eixo do Petróleo Que Não Gosta dos EUA


Chegaram até mim informações que a Venezuela quer fabricar Kalashnikov, depois de ter adquirido uma licença de fabrico.
Melhor que ter um país rico devido ao petróleo é ter um país rico devido ao petróleo e bem armado. Tanto mais que o Chavez já divulgou ter adquirido, para além das metralhadoras mais famosas do mundo, mais de uma dúzia de helicópteros de Putin e estar em vias de comprar uns poucos Sukhoi (jactos de guerra) de fabrico russo.
Assim, com a nova versão, revista, do marxismo, Chavez e a Venezuela preparam-se para se tornarem na nova potência regional, fazendo sombra ao quase hegemónico Brasil e aproveitando para, de uma vez por todas, criarem a aliança vermelha com a Bolívia e Cuba, fazendo renascer das cinzas a igualitária Fénix da esperança proletária.
Assim sempre podem enervar a valer os proprietários da Casa Branca e do Pentágono, que não lhes têm dado muita atenção porque andam entretidos com o Iraque, Irão e Afeganistão. Não tardará muito que Bush ou a Sra. Dona Rice venham a terreiro defender que a Venezuela de Bolívar seja a próxima coordenada a incluir no Axis of Evil - em português qualquer coisa como eixo do mal.

12/06/2006

My name is Abu and I'm from Al-Qaeda


O líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, foi abatido, liquidado, eliminado em grande estilo pelo US Army. Mas vem já aí um cromo novo para a caderneta dos americanos, que farão tudo para o ganhar: Abu Hamza al-Mujahir. Fixemos este nome, ouviremos mais vezes concerteza.

Beef and steak



Tirei esta notícia do Público:
Num determinado restaurante de Filadélfia, famoso ao que parece, o proprietário deu ordens aos seus empregados para não servirem quem não se expresse em inglês, na língua oficial do país, os EUA. Das duas uma: ou se trata de uma brincadeira, ou de uma bosta mental.
Muitos dos naturais dos EUA percebem inglês, mas nem o sabem falar, reconhecendo como língua uma espécie de calão diferenciada entre subúrbios. Acertam menos nas regras gramaticais que eu no totoloto. Mas enfim, não espanta nada este autismo americano, pois eles parecem acreditar que todos os continentes derivam à sua volta.
Se algum tretas português decidisse abolir o estrangeiro do seu menú deixaríamos de ter "Lagareiro Cod Fish" ou "Bacalao à la Lagarero", ou até os célebres "Understands", sempre complementados pela "Green Bean Soup". Até nem era mau de todo deixar os espanhóis a falar para o boneco...

HI 5


Questiono-me com frequência acerca da utilidade do HI 5, muito embora possua uma página com alguns exemplares de fotos minhas.
Mas o que realmente me faz delirar são as fotos escolhidas pelo pessoal do estilo. Os mais feios escolhem fotos obscuras, cheias de tiques artísticos, ou distorções da imagem, close muito ups para nada se ver. Os mais belos fazem tudo por serem ainda mais belos, exagerando nas roupas, nos sorrisos, as tipas abusam dos decotes, posam em bikini, alteram a cor para o preto e branco e realçam o que realmente não têm.
Perdoem-me esta tirada crítica, mas nas minhas incursões pelo HI5 raramente vejo gente feia, simplesmente não consigo! Não que as queira ver, mas... terra a terra!
Give me a hi five!

02/06/2006

Já cheira a pessoal a suar no fato apertado e engravatado


Na realidade estou muito satisfeito por o gajo ir casar! A ambos as maiores felicidades...

Bandeiras e cachecóis


Foi com uma certa tristeza que verifiquei o avolumar de pessoas que voltaram a pendurar a bandeira portuguesa nas janelas, nos carros e, até, lenços com os símbolos nacionais na cabeça.
Este acto de mostrar um certo orgulho nos nossos valores só me deixa triste porque não somos capazes, em mais nenhuma outra ocasião, de mostrar essa mesma ponta de soberba pelas nossas coisas. Em todas as conversas de café se escarra na nossa administração, na nossa música, organização, em nós próprios.
Na realidade, à medida que vou escrevendo ganho um certo alento por ver que ainda existem certos valores transversais a todos os estratos, neste caso o futebol da nossa selecção, valores que nos dão força, a união. Mas logo me volta a tristeza quando penso que se ganharmos 1 jogo neste mundial vai sair à rua mais gente para festejar do que se fosse para votar nas autárquicas. Quase que me saltam lágrimas só de pensar num possível flop, quando os possíveis heróis passarem a grandes bestas ou marrecos que nem aquela treta de equipa ganham, o Maniche tá gordo e o Costinha só dá pau, Figo é velho, quem teve a ideia de convocar Hugo Viana, Quaresma era indiscutível, etc, etc... Se correr bem ainda poderemos cantar o fado triste que é preciso um brasileiro para nos levar à glória!
Portanto motivos para apelar à tristeza não faltam.

01/06/2006

Marisco e talheres esquisitos


Foi com entusiasmo que recebi a notícia que o meu amigo ia casar. Foi há cerca de um ano. Até há 2 semanas andei feliz por ir beber e comer, dançar e alarvear em público, tudo à custa dos pais dele e dos sogros: camarão, vinho mediano, bacalhau bem tratado, tábuas intermináveis de queijos fabulosos, miudas com decotes formosos e abonados, etc, etc, cerveja e bebidas espirituosas á vonté.
Mas que tanso eu me tornei: apercebi-me desta dura realidade quando pensei na indumentária a apresentar na cerimónia... não podemos ir de qualquer maneira, muito embora os padrões morais tenham mudado, e muito, nas últimas décadas, passando de um formalismo atróz para a quase bandalheira, com determinados indivíduos a surgirem em ocasiões de fraque com ténis verdes e amarelos. Mas o pessoal da igreja não costuma receber muito bem quem aparece sem fato e gravata, portanto vamos à loja.
O problema foi lá chegar, pois o meu guarda fatos estava realmente delapidado. Então é assim: €€€€€€€ + €€€ + €€€€ e ainda + €€
E ainda falta a prenda para os nubentes quem nem pagaram o casamento!! Quem ganha ainda são os gajos que até vão de viagem a seguir aquela coisa, não eu que vou trabalhar.