28/01/2007

Senhoras presidentes


Esta semana numa conversa durante o brunch de Domingo ouvi falar de uma coincidência que se aproxima no tempo, caso a ficção ultrapasse a realidade.
Todos já devem ter visto a série President Mackenzie Allen, com a sempre fabulosa Geena Davies. A actriz representa o papel de Presidente dos EUA, a primeira mulher nesse cargo. A sua equipa é composta por uma série de figuras curiosas - face ao verificado na realidade em staffs presidenciais - assim o seu chefe de gabinete será um indivíduo negro, o seu chefe de imprensa homossexual, o seu assessor mexicano ou guatemalteco, etc, etc. Na realidade nem sei se isto é verdade, pois não acompanho a série. Mas tudo isto parce encontrar eco na realidade de Hillary Clinton se candidatar à presidência, pois seria não só a primeira mulher a chegar a chefe de Estado dos EUA, como o seu número 2 deverá ser Barack Obama, um negro. Ouvi ainda que existe por aí um latino (esta expressão americana latino é deliciosa, porque representa de forma racista todas as origens da america do sul e central de língua espanhola, ou então todos os tipos com cara de índios dos Andes) para assumir um cargo relevante. Da forma como me venderam esta história até parece que a série, muito popular, diz-se, foi realizada de encomenda para preparar o caminho à Senadora Clinton, para agora se candidatar com uma abertura menos estreita pela america conservadora, onde muitos eleitores preferirão cortá-los rentes a votar numa gaja para presidente, com pretos e mexicanos no staff.
Pronto é mais uma pequena história à americana de conspiração global.
Boa noite e não sonhem com o Mahmoud Ahmadinejad.

27/01/2007

Otários


Compreendo a "cena" Hip Hop. Não gosto, mas julgo entender. Tenho, penso eu, uma pequena percepcção distanciada da nossa realidade social. Logo, entendo o Hip Hop e o que daí deriva, incluíndo comportamentos. Mas não me peçam para gostar e compreender tags. Tags não é Graffiti, não é arte e qualquer palerma que tem coordenaçção motora poderá fazer um. Se o usam para marcar terreno e provocar outros isso é criminalidade organizada. Se o usam porque acham piada a escrever com marcadores ou spray nas paredes alheias isso é atraso mental. O Bairro Alto é um sítio fascinante, mas com aquele lixo urbano todo por vezes apetece-me mais ir ao cinema à sessão da meia noite, ou saltar a etapa Bairro, ou até ficar em casa à noite.
Queria que os jovens que por aí andam a tagar crescessem ou então tivessem mais que fazer, como estudar, trabalhar, engatar gajas, fazer as baínhas das calças largas deles, beber ou simplesmente estivessem quietos com tintas.
Será que estou a exigir demais?

Abstenção = vitória do Não


Quem me conhece pessoalmente, e os 2 visitantes do meu blog também, sabe que eu apoio o SIM neste próximo referendo à IVG. Não façam já "Retroceder". As razões são diversas e quase todas externas a mim. Externas porque nunca as poderei compreender na verdadeira profundidade, as razões que levam uma mulher a pôr termo a uma gravidez. Mas imagino que ver-se a braços com uma gravidez não planeada e não desejada deva ser muito difícil. E casos existem que por mais que se queira não há forma de poder ter esse filho.
O que me tem chocado realmente é ver uma grande parte do NÃO empenhadíssimo a defender o direito à vida, agarrado a um fundamentalismo da vida tão feroz, que não entende que se o não ganhar, a lei actual permanece intocada. E a lei actual permite a interrupção para diversos casos, incluindo o caso em que levar uma gravidez até ao fim poderá provocar graves lesões psicológicas à mulher - fossem os profissionais de saúde todos tão zelosos como apregoam iam perceber (e percebem, evidentemente) que teriam em mãos inúmeros casos de mulheres a preencher este requisito.
O NÃO ainda não apresentou uma solução para o problema do aborto clandestino em Portugal, limitando-se a mostrar imagens de fetos mortos e de operações cirúrgicas. Pretende apenas que se mantenha a lei como está, porque teme a liberalização, teme que as nossas mulheres possam começar a fornicar a torto e a direito ao fim-de-semana, sem protecção e sem planeamento, sem responsabilidades e, só porque podem, a fazer fila no médico de família a pedir abortos no hospital às 2ª feiras. Qua há gente para tudo, nós sabemos, mas eu prefiro pensar que as nossas mulheres, e cidadãos em geral, valem mais que isso.
Quanto ao argumento do "meu dinheiro para financiar clínicas de aborto"... Também não sou alcoólico, toxicodependenete, fumador, doente coronário, deficiente motor, tuberculoso, estudante universitário crónico, fugitivo dos impostos, mas pago para que os meus concidadãos possam ficar livres destas chagas, para que se tratem e para que trabalhemos no erradicar destes problemas. Aprovando uma lei que não criminalize uma mulher que abortou, mas negando-lhe a possibilidade de o fazer de forma controlada pelo estado é o mesmo que enviá-la para a parteira ou para a clínica clandestina e suja mais próxima.
E isso não resolve o facto de continuarem a morrer mulheres e outras a ficarem com sequelas, devido a abortos mal efectuados, feitos à pressa e por curiosos.
Esta, parece-me, é uma boa portunidade para resolvermos este problema de vez.

19/01/2007

A minha... a nossa 1ª vez


Eu sabia que este dia chegaria. Eu sonhei com ele em pequeno. Pensei nele muitas vezes como algo que eu quereria fazer. Mas não, surgiu assim como uma necessidade, mas uma coisa boa.
Falei deste dia com os meus amigos que já passaram por ele. Alguns julgam-no o dia mais feliz das suas vidas, outros nem tanto, preferem outros momentos. Imagine-se, falei até com o meu pai sobre isto. Ele deu-me honestos e valiosos conselhos, recomendações de pessoas experientes... Admito que até falei com a minha chefe, confidenciei que a dúvida me assalta por vezes.
Eu cá não sei o que pensar. Talvez seja por bem, mas estou inseguro do que vou fazer. Deve ser porque é a minha 1ª vez. É a 1ª vez dela também. Mas isso não importa, porque tenho tudo pronto, e ela também. Gastámos muito dinheiro. Ela com as coisas dela, eu com as minhas. Mas acho que está tudo ok para avançarmos para o grande dia amanhã! Vou pôr a melhor roupa para a ocasião. Os melhores sapatos, os que se adequam. Ela também.
Amanhã é o 1º dia de bricolage da minha vida! E dela também.
Mas como é que se usa a porra do berbequim??

Assim, súbita...


Acabei de ver um album de fotografias de casamento inteiro... De repente deu-me uma vontade, assim súbita, de nunca casar!

14/01/2007

A Solução Final


O Iraque acaba de descobrir, da forma mais trágica, a solução para os funcionários públicos supra-numerários portugueses:
Iraque: 600 funcionários públicos mortos em 9 meses

O Governo iraquiano anunciou hoje que 600 funcionários públicos morreram em Bagdad nos últimos nove meses, em consequência dos ataques armados lançados pela insurreição ou por grupos terroristas
."

ETA



«ETA só tem um destino: o fim» José Luis Zapatero.
Postular, sem dúvida, mas esta até eu sabia.

Pantufas



Este fim-de-semana foi à antiga: bola com o pessoal, noite de Sábado livre, Domingo livre também para actividades extra-querida. Baza ligar ao pessoal e vamos embebedar-nos. O triste da vida adulta cedo vem ao de cima: não há amigos livres na faixa etária pré 30 anos. O único que demonstra alguma possibilidade tem que rezar para que a querida dele tenha plano profissionais "Então amor, sempre vais lá ao xxxxxx? Sim? Que pena..." Fixe, vamos jantar fora. A tristeza pré 30 anos volta a revelar-se no restaurante escolhido, o mesmo que os meus pais escolheriam, a ementa e o vinho idem. Apenas podíamos discordar na seguinte paragem: o bar da moda, cheio de gente nova, que devia andar em cueiros quando comecei a frenquentá-lo. Bebemos 1, 2, 3 e 4 copos e falamos de dinheiro, trabalho e móveis. Sim, eu sei o que é Wengé. O camarada de noite recebe a chamada e vai lá fora atender, quando volta sentencia: "Está na hora! A patroa voltou".
Olhei o relógio e eram 00h25. Às 00h45 estava de pijama e pantufas. Esta foi a minha noite de homens.

11/01/2007

Hola

As minhas colegas à hora de almoço ao som do indomável reggaetton

No trabalho obrigam-me a ouvir a Eco FM - Alcochete, margem sul power, do lado certo, blá, blá - martelada e reagatton o dia todo para o menino. Por mais asco que possa nutrir por tal bosta não se pode evitar o dia todo o ritmo frenético e começa-se a bater o pezinho.
Ao fim do dia até me sinto mais bronzeado e com apetite para comprar unas
camisetas mucho floridas.
No entiendo que pasa, es que sinto ganas irrecusables de hablar castellano. Soy Puerto Riqueño... No, soy venezuelano!! Nooooooo!!!

08/01/2007

Estrelas



A tecnologia tem as suas coisas boas e tem as suas coisas perniciosas. Ontem cheguei tarde a casa e ao acender a luz do corredor uma das lâmpadas explodiu de forma estelar, soltando um fantástico estouro nocturno e jogando sobre o local dezenas de pedacinhos incandescentes de vidro que apenas por sorte não me acertaram. De manhã perguntei à minha mãe se anda a controlar os meus passos e as horas de chegada a casa, se aquilo não seria um esquema dela... murmurou qualquer coisa e virou-me as costas fingindo estar muito ocupada.