20/08/2007

Amo-te 2ª circular


Acabo sempre, em Agosto, por escrever sobre Agosto. E isto, desconfio cá eu, que se deve à falta de actividades ditas normais. As meninas fazem interregno no ginásio, a nossa equipa da bola vai para férias e vem ainda mais gorda, a bicicleta não vê um rabo em cima dela há 5 semanas, os papás vão para a "terra", o amigo está no Algarve, o vizinho no sul de Espanha, o merceeiro foi para Pombal e até o cabrão do gajo do café anda desaparecido há quase 1 mês. Resta-me a consolação de trabalhar que nem um galego na seara e de ter a 2ª circular a andar. Bem, mais ou menos...
Como este ano não tem ardido tanto mato como se temia (deve ser dos novos aviões e combate a fogos que o governo em segredo adquiriu aos russos) as notícias abalaram com a destruição do milho geneticamente modificado numa quinta lá para o Algarve por um grupo de ambientalistas - está-se mesmo a ver quem protagonizou este acto ilícito de circo: pessoal da onda natural, pêlos nelas por todo o lado e baza fumar umas ervas da mãe natureza (nem isto se passa noutro lado qualquer, tinha que ser no Algarve, nem os freaks lhe escapam; lembrei-me, enquanto despejava a terrina onde servi o couscous, que por acaso estava óptimo, com aromas orientais, sabia a monhé, que esta deve ter sido uma qualquer actividade do Allgarve - Eventos de Verão a par com o concerto de Lionel Richie, ou, quiçá, o prefácio do Festival Internacional de Pirotecnia.
O acto ilícito, com a invasão e destruição de propriedade condeno veementemente - ainda não chegámos à Madeira, nem ao Zimbabué, que é a meio caminho. A abertura do debate se devemos ou não "abrirmo-nos" às maçarocas de milho transgénero, quer dizer transgénico, aí digo que estava mais que na hora. Sim, sim, está calor como o raio, o Dean e o Katrina são furacões cada vez mais vulgares, as monções são mais que as estações do ano, e a procissão ainda vai no adro, mas ainda poderemos acrescentar outros temazinhos "fracturantes" à questão ambiente, como se quero que o meu pequeno almoço rico em fibras e cereais, com 1254 vitaminas, com aroma a mel ou a canela do Pingo Doce, deve ser daquele milho que dá caganeira às moscas ou daquele como Deus Nosso Senhor, ou até, como li há dias, JCNS o quis fazer, sem lhe mexerem no código genético.
Oremos nisto.