31/05/2010

Época balnear

Escrevi aqui na agenda que começou oficialmente a minha época estival. A partir de agora o objectivo é chegar a 6ª feira e bazar com a maralha da margem sul rumo à ponte. O carro só vai levar a próxima lavagem em Outubro e em breve os tapetes vão parecer um baldio da Arrentela.
Objectos obrigatórios: calção de banho, corta-unhas (sou muito esquisitinho com as cutículas), meia dúzia de euros para a gasolina (mais propriamente € 50), fome para o choco-frito, tenda.
Haja Deus, calor e sol (e baixo colestrol).

28/05/2010

3 géneros de bebidas...

..que qualquer homem de carácter deve liminarmente recusar ingerir:
  1. Cola Zero e outras merdas de sumos com substituto de açúcar
  2. Cerveja sem alcoól
  3. Águas com gás de sabores
Deveras me sinto insultado quando peço uma água das pedras e me sugerem "uma garrafinha de aroma framboesa/giseng".

26/05/2010

Última missão do Atlantis

Terminou hoje a comissão de serviço do Atlantis. Fica aqui o impressionante vídeo da aterragem, quase em queda livre.

Falta uma missão para o Endeavour e outra para o Discovery. Após isto a NASA fica sem vaivém e dependerá exclusivamente dos russos para se transportar em shuttle no espaço... até à construção de uma nova máquina americana.

20/05/2010

Mas quem será afinal?

O Público adianta que o André Villas-Boas é o novo treinador do FC Porto. Carece de confirmação oficial, mas eles dizem saber. Não sei que diga, sinceramente. O miúdo (33 anos; o Nuno tem 35, por ex.) tem para aí 15 jogos enquanto treinador principal, mas cheira a after-shave do Mourinho e isso deixa toda a gente em polvorosa.
Mas enquanto a CMVM não receber um fax, é só boato.

12/05/2010

É já a seguir

Hoje é em Espanha. Há umas semanas foi na Grécia e antes na Irlanda. Por cá, é uma questão de esperar. A redução da massa salarial, ou como mais se aventa, o corte de um 13º ou 14º mês dos funcionários do Estado, vulgo função pública (assim mesmo, com letra pequenina) é a mais que provável solução para ajudar o Estado a salvar a Economia, através da redução de despesa, atenuando o défice público.
Isto, entre outras coisas, para 1) permitir que possamos continuar a pedir emprestado ao estrangeiro e não tenhamos que pagar taxas de juro altíssimas, devido ao risco de incumprimento dos pagamentos, por termos contas desiquilibradas; 2) para não fodermos a eurolândia. Assim nos ajude o Santo Padre, Angela Merkel (que é quem manda de facto agora nos países do Euro), a Moody's e o Saviola.
Ignoro quase em absoluto os teoremas da economia moderna, mas sei que a administração pública sofre de problemas que nunca se resolveram por falta de coragem dos políticos, e que o maior cancro desta casa gigante está na incapacidade dos dirigintes - a impossibilidade de despedimento, a progressão automática (agora convertida em paralisação obrigatória), a falta de formação, o não reconhecimento do mérito - tudo isto convida à mais merdosa atitude profissional. Enquanto o mérito não for o paradigma novo e continuarem a existir no sector público lugares ocupados por filiados/militantes, filhos de fulanos (e nem estou a falar de cargos de nomeação), gente protegida e em quem não se pode mexer , mas todos acometidos de uma invulgar incompetência, enquanto continuar a existir desperdício atroz dos recursos públicos em todos os sectores, desde o local ao central, não vou tolerar que me mexam directamente no bolso. Sei que é um simbolismo, porque o Estado suga-me o que quiser, de que forma for, mas não me conformarei.
E desta vez estou disposto a atravessar a última fronteira pessoal e em vir para a rua com a execrável Avoila e os restantes sindicalistas, porque agora eu preciso que o Estado dê um sinal concreto e não que sejam os funcionários e pensionistas a pagarem pela incompetência na gestão dos recursos públicos (a propósito, uma boa parte dos argumentistas desta tragédia estiveram 2ª feira reunidos com o PR, preocupados).

10/05/2010

Afinal é mesmo verdade

O que faz o benfica ganhar o campeonato!

"As taxas de juro implícitas das Obrigações do Tesouro estavam ligeiramente abaixo de cinco por cento perto das 10h, quando na sexta-feira tinham ficado em 6,418 por cento"
Publico on line 

06/05/2010

Paródia

O deputado Ricardo Rodrigues não gostou da entrevista que lhe estava a ser feita e foi-se embora. Até aqui tudo bem, ninguém é obrigado a ouvir o que considera desaforos nem a falar do que não quer. No entanto, levou, sorrateiramente, os gravadores dos jornalistas da Sábado, não os devolvendo quando instado por estes a fazê-lo. Pior, ontem promove uma conferência de imprensa onde, em vez de controlar danos, justifica-se invocando ter estado na entrevista sob “violência psicológica insuportável”. Muito bom argumento.
A Assembleia da República está a «tornar-se paulatinamente» no inesgotável poço onde o anedotário nacional bebe a sua inspiração. Ainda não chegámos a isto ou a isto, mas sempre vamos tendo umas coisas para os Brunos Nogueiras da vida irem fazendo umas paródias.

02/05/2010

Orgulho em ser portista

Recordo-me de ver aquela equipa às riscas com admiração pelos feitos que conseguiam, ainda em tv a preto e branco. Confirmava n'A Bola, versão gigante no chão, que equipavam a azul e branco e eram da cidade do Porto. Na altura tinha 5 anos, Porto e Lisboa ficavam igualmente longe. Recordo-me do Vermelhinho que era um ponta esquerda genial, do Jaime Magalhães, do Fernando Gomes, Jorge Plácido, do padeiro André. Brilhavam cá e na Europa. Ahaha o João Pinto! Ainda não apareceu defesa direito assim. Foi ele que levantou a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Um clube regional, de um país periférico e pobre a ganhar o céu do futebol mundial. Mais tarde vieram outros jogadores como o Fernando Couto, o Aloísio, o Paulinho Santos, e outros brilhantes feitos. Finalmente esteve cá o Mourinho e tudo se ganhou. Ponto comum desde há 20 e muitos anos: eram todos uns rançudos, ordinários e orgulhosos. Podia correr tudo mal, mas não faltava a pontinha de orgulho ferido. E quando as coisas azedavam era pantufada até mais não. Nunca deixei de olhar com orgulho de adepto esta atitude, este "comer a relva". E as bordoadas que os treinadores, presidente e Reinaldo Teles apregoavam nos microfones apelaram sempre a esse orgulho.
Hoje quando o jogo começou todos os portistas sabiam que este campeonato estava entregue. Mas imaginar outros no seu reduto a fazer a festa não é possível, não pode ser. E aqueles jogadores que durante a época andaram perdidos, aquele treinador que não passava de uma ameixa seca sentado no banco, todos eles se sentiram. Todos eles perceberam que não estavam disponíveis para colocar a máscara de cabeçudo de Torres Vedras, e até o Jesualdo ganhou tomates e andou a insultar os árbitros na cara. E ganharam, contra o melhor futebol, contra uma equipa superiorizada pela táctica, técnica e número. E, embora, não valha nada em termos práticos, é esta soberba de não se deixar passar por parvo que me enche de orgulho em ser portista. Foi esta soberba que nos vale títulos e nos valerão muitos mais no futuro.

PS: aquelas coisas que se passaram, como arremessos de pedras, tintas e filha da putices diversas, que tiram o povo decente dos estádios, é digno de gente acéfala. São uma pequena e ruidosa minoria. Infelizmente existem em todos os clubes.