24/05/2006

Memórias de galinha

Aqui há dias, ontem ou anteontem, ou já na semana passada, li algures algo sobre um assunto que até já me havia esquecido, mas que na altura causou um celeuma tremendo: a questão da disquete com os nomes do pessoal sob escuta, que incluia PR, PM e um rol de gente porreira. E li, retirando a conclusão que também eu sou curto de memória, que o Procurador Geral da República havia prometido 1 semana ao Presidente da República, da altura, para apresentar resultados da investigação à fuga de informação. Talvez porque entretanto o Sampaio estava já em gestão de funções, ou porque o Souto Moura passou a informação por baixo da porta, o que é certo é que mais não se ouviu falar deste tema. Estranho, até porque a própria comunicação social é atacada com buscas e investigações de fontes, com o choque e perplexidade de todos os órgãos informativos, parece-me curioso esquecer este tema.
De qualquer modo, somos todos levados a pensar que não houve conclusões de processo apresentadas, pois que a fuga de informação já é tão generalizada dentro das instituições do Estado que, a haver relatório, este teria transpirado para fora da Rua da Escola Politécnica.

18/05/2006

Bolas!!




E às 5 e meia em ponto, telefonas-me a dizer /Não sei viver sem ti amor, não sei o que fazer.
Faz-me favas com chouriço, o meu prato favorito / Quando chego p’ra jantar, quase nem acredito.
Vestiste-te de branco, uma flor nos cabelos / Os miúdos na cama e acendeste a fogueira.
Vou ficar a vida inteira a viver dessa maneira, / Eu e tu, e tu e eu, e tu e eu e tu.

O papel


Não vos irritam pessoas que nunca trocam o rolo vazio do papel higiénico por um rolo novo?
Que coisa pior pode acontecer depois de ter feito o que havia para fazer e apercebermo-nos que afinal não há papel? Ou ir aflito, a correr, com intestino nas mãos e não há papel?
A minha mãe também não gosta e então começou a refilar. Mas os mesmos que esgotavam e não trocavam são os mesmos que hoje não acabam o rolo na íntegra, deixando um pedacinho ignóbil e, obviamente, inútil de papel colado ao rolo que não podemos sequer descolar do rolo, quanto mais aproveitar para passar no nalguedo.
Com isto, não só esses continuam a gastar o papel do povo, como ainda passam por bons, pois não o gastaram formalmente, muito embora o remanescente seja de total inutilidade para esse mesmo povo.

17/05/2006

Deputados às 5 da tarde

Sou a única pessoa que conheço que visita o site do Governo ou o site da Assembleia da República. Quer dizer, tirando aquelas que trabalham no parlamento e no governo.
Não consigo evitar passear por lá e dar uma vista de olhos no deputados eleitos pelo meu círculo, no seu currículo e nas comissões que integram, isto enquanto tomo o meu chá ou iogurte líquido.
Não consigo deixar de pensar quantos deles fazem parte de uma qualquer comissão e nada percebem do assunto, nada estudam ou se esforçam para perceber e participar, continuando a ser meia dúzia de pensantes no cuore de cada partido político, a pedido e mando sei lá de quem, a trilhar o caminho a seguir, para servir ou para não melindrar a sua clientela, seja lá ela quem fôr. Normalmente não é bem o povo (palavra em desuso, confundível com perspectivas mais socialistas de sociedade, ou com provicianismo, já ninguém quer ser do povo, mas antes prefere ser nomeado membro de pleno direito da classe média, ou dos intelectuais, liberais ou jacobinos, mas não do povo), mas antes outras coisas como interesses financeiros muito grandes (os quais são a face do investimento ou da modernização de uma região, país, cidade, etc.).

Bem, não deixem de saber quem são os vossos deputados, afinal ainda os elegemos por distritos, para nos representar e defender.

13/05/2006

Nova vaga minha

Primeiro fim de semana sem trabalho (de fim de semana entenda-se).
Não, não estou sem saber que fazer...estou mais sem saber o que escolher fazer. São vários anos sem tomar pequeno almoço de sábado a horas indecentes, sem abdicar da sesta de tarde, sem bom humor às 2 da tarde.

Por falar em humor... viram o Carrilho?
Não gosto particularmente dele, mas não é por isso que não lhe vejo valores positivos ( a Bárbara é talvez o melhor dele). Fazer-se vítima poderá ser um caminho, outro poderá ser aceitar as suas limitações, outro poderá até ser admitir que o adversário dispunha de melhores circunstâncias. Mas culpar os outros, os media (que também têm quota de culpa na situação) pelo que nós, os de dentro, sabemos e vamos sabendo, talvez seja mandar areia para os olhos dos tansos.

O Porto meu poderá ser vencedor da Taça de Portugal amanhã. Basta ganhar o jogo.

10/05/2006

Free me

Não sei de que adianta a conquista formal de liberdade, quando passo cerca de 12 a 15 horas diárias preso a um qualquer computador. São as 8 horas do trabalho mais as restantes em casa aa cirandar por voltas mundiais.
Sou escravo do sistema. Já nem sei como procurar informação que não seja por aqui. Aliás relaciono-me com certos amigos meus apenas e só por net. Na recente viagem coonheci um tipo, com o qual fiz questão de poupar nas despedidas, trocando o mail e esperando que nos conheçamos realmente nas respectivas vidas de forma virtual.
Ainda por aqui, descobri há dias um site onde se pode entrar em chat com dúzias de raparigas semi nuas e boçalmente pintadas, onde se pode fazer apenas conversa ou pedir para nos mostrar o rabo com o seu fio dental através da sua miserável web cam. O interconhecimento e partilha de experiências está a entrar em contextos muito estranhos para mim.

08/05/2006

Ressaca




Com o regresso a Lisboa voltam as dores de cabeça. Trabalho, conduzir, stress, relógios, gasolina cara e a asfixiar o curto budget, as fronhas de sempre aqui e ali.
O regresso ao mundo real mergulha-me na ressaca das férias! A melhor forma de acabar com a ressaca é planear nova incursão, chateando o chefe para marcar novas férias...

Com isto, tomei conta das notícias que Portugal dentro de 50 anos será o mais triste (leia-se teso, atrasado) desta velha Europa, de acordo com o previsto pela União Europeia. Alguém nos acuda, por favor.

05/05/2006

Wien


Andar muito pelas grandes cidades faz calos nos pés, bolhas, e afins. Se for uma cidade cara faz mal ao bolso, pois os Euros fogem como se possuíssem asas.
Dois dias em Viena e pormenores como o Z e o Y terem trocado de lugar no teclado dizem-nos que Lisboa está muito longe... O Império Austro-Húngaro foi grande e grandioso até há muito pouco!
Até breve.

03/05/2006

Praha


Uma vez em Praga, nao queremos voltar. Ou talvez ate queiramos, mas a vida cerca de 1/3 mais barata deixa-nos com vontade de permanecer. Mas claro que o que mais nos faz querer ficar e a cidade em si, linda como nunca havia visto. A nossa Lisboa nunca esteve tao povoada de nobres e aristocratas, os mesmos que construiram a mais bela cidade da Europa... de certeza. As historias pululam na minha cabeca...