14/03/2010

Gordo sofre mais

Fim-de-semana em segundos:
  1. Dentro de uma semana vou estar longe, onde vou largar as malas e "mergulhar" noutro registo. Email, telemóvel, agenda, tudo amnesiado numa prateleira do atlântico.
  2. No prédio ao lado insistem em acordar a vizinhança, leia-se eu, com os gritos de alegria do neto e do avô às 11h da manhã na terrasse, faça chuva ou sol, o Porto ganhe ou perca.
  3. o Porto arrumou as botas para o campeonato, mas ainda há algum orgulho naqueles meninos, pelo menos só assim se explica uma vitória num jogo só muito esporadicamente fez lembrar que se tratava de uma partida de futebol, à semelhança do que Benfica e Sporting têm feito nos últimos 20 anos
  4. Sexta feira à noite, fila de 60 metros à porta do BBC. Ahahahah, já não tenho idade para 45 minutos de espera ao frio e ter que parecer bem ao porteiro. Se sou indiferente o suficiente na massa espúria para entrar de imediato vou para casa dormir e sonhar com discotecas como o Incógnito, mas onde se possa dançar...
  5. Agora vou lavar os dentes, encher o saco com água que saberá a plástico e vou sofrer uns 30 km em cima da Berg de serviço... gordo sofre mais
  6. PSD em Mafra, congresso extraordinário. Pois...

08/03/2010

Engenho

O 2666 do Bolaño foi o livro mais roubado de 2009. É preciso querer mesmo o livro para o roubar, pois aquele bacamarte com mais de mil páginas pesa seguramente 5 kg.
Diria que o livro deve ser tão dissimulável como uma roda de bicicleta, metê-lo no bolso ou escondê-lo nos entrefolhos é impossível, pelo que presumo que as obras roubadas ou foram todas alvo de assalto violento ou fanadas por larápios engenhosos.
Na faculdade um Prof. mais jovem, e quiçá mais crente na faceta progressista do Homem, explicou-nos que roubar livros para ler e pão para comer era perfeitamente aceitável. Ele hoje também escreve uns livros.
O meu 2666 foi-me oferecido, presumo que comprado, e tenho que o terminar até ao fim da Quaresma.

07/03/2010

Alheia...

...é a vergonha que sinto a ver a Luciana Abreu no 5 Para a Meia-Noite com o Nilton.  E interrompi o video antes de acabar, porque aquilo continuava.

02/03/2010

A batata transgénica - não confundir com transgénero

 
Nilton César, o grande artista
 
Esta notícia é o primeiro acto de autorização de produção de transgénicos na UE. Muito embora a batata Amflora (sim, a batata tem um nome comercial e industrial) não se destine à alimentação humana, acabará por entrar na cadeia porque se destina, entre outros, à alimentação animal.
O mais curioso para mim, que não sou especialista em Biologia ou Ecologia ou Gerontofilia, é que a batata Amflora vai ser produzida pela BASF, que muitos de vós provavelmente nem conhecem, mas que faz parte do meu imaginário infantil por ser a marca das cassetes aúdio que o meu pai tinha a encher a prateleiras da sala. Recordo imediatamente a miríade de sentidos a funcionar, com o cheiro a cassetes aúdio dos anos 60 e 70, os sons com gravações pirata de Roberto Carlos e Nilton César - este último nome quase, quase que me baptizou - e as imagens das capas desenhadas à mão pelo meu progenitor - tão rudimentar que até é romântico.