08/03/2010

Engenho

O 2666 do Bolaño foi o livro mais roubado de 2009. É preciso querer mesmo o livro para o roubar, pois aquele bacamarte com mais de mil páginas pesa seguramente 5 kg.
Diria que o livro deve ser tão dissimulável como uma roda de bicicleta, metê-lo no bolso ou escondê-lo nos entrefolhos é impossível, pelo que presumo que as obras roubadas ou foram todas alvo de assalto violento ou fanadas por larápios engenhosos.
Na faculdade um Prof. mais jovem, e quiçá mais crente na faceta progressista do Homem, explicou-nos que roubar livros para ler e pão para comer era perfeitamente aceitável. Ele hoje também escreve uns livros.
O meu 2666 foi-me oferecido, presumo que comprado, e tenho que o terminar até ao fim da Quaresma.