Foi há muito tempo

Entreguei a nota de € 10 e relembrei-o do meu pequeno almoço. Aproveito para ler as gordas do i ao balcão. Enquanto me devolve o troco, fala-me, quase a gargalhar, da lata de alguns indivíduos que ousam, contra factos e provas indesmentíveis, mentir candidamente.
Apontou-me para a reportagem do Vata, que aos 48 anos jura a pés juntos que aquele golo ao Marselha há 20 anos foi absolutamente legal, marcado com o peito.
Para provar que nem só de escutas vive o país, deixo as imagens do you tube que mostram a mais estranha definição de "peito".

PS - isto sim, eram noites europeias, com a Luz em brasa, cheia que nem um ovo.

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Do lazer e fazer

Estou de férias de pobre - em casa a passajar meias e varrer os cantos escuros e difíceis de chegar.
Na realidade, tenho um livro com 1000 e picos páginas para acabar até ao fim da quaresma, que já está em leitura desde o advento.

A blasfémia

Nestes tempos, em que a liberdade de expressão anda nas bocas de todos, nada como ler que se quer censurar a blasfémia para compor o ramalhete. Não há memória de eu ter lido uma coisa destas, excepto em ficção ou documentários históricos: "(...) a FIGC (federação de futebol italiana) vai começar a punir os jogadores que evoquem o nome de Deus em vão".
Qualquer dia ainda começa a ser punido chamar filho-da-puta ao árbitro, ou ao Jesualdo, a partir do meu sofá.

Fim-de-semana temático

Este fim de semana é inteiramente dedidcado às duas rodas:

Sábado: primeiro passeio na BTT pós-ruptura do ligamento
Resgatei a Berg da arrecadação e fomos ao mecânico, afinámos travões, calibrámos as mudanças; trocámos a câmara de ar do pneu da frente, demos uns beijinhos no quadro, e oleámos a corrente; está em perfeita forma para amanhã, mesmo com chuva e frio, irmos dar um passeio a direito (sim, sim, estou com meio joelho ainda e peso 10 x mais que a bicicleta) no calçadão. Já tenho a garrafa de oxigénio aqui em casa, porque após o passeio até me vai sair um pulmão. Mas vou receber O2 em grande nível, porque tenho roupa desportiva para estrear, directamente dos saldos da Decathlon.

Domingo: dores nas pernas e visita à Expomoto
Vamos namorar umas meninas. Não tardará muito para chegar o calor e a mota, mesmo que para meninas, vai ser a coqueluche do Verão, entre as filas da Costa. Já estou a imaginar o quadro todo, em grande estilo a suar da cabeça por causa do capacete e os mosquitos a entrarem nos olhos e nariz.

Elementar, caro Watson

Ambulância do INEM à porta do Centro Cultural de Cascais - pudera, em cartaz está a exposição Sexpressions, é óbvio que alguém se sentiu mal...

Outubro de 2010

Tenho sempre algum medo de ferir susceptibilidades, afinal sou useiro e vezeiro em tiros de ignorância. Isto porque não entendo o porquê desta situação. Não consigo estabelecer uma relação entre uma coisa e outra: o que tem a visita papal (que vai inclusivamente vetar a nossa cidade ao caos no trânsito - esta era uma boa data para férias ou days-off) a ver com amnistias a cidadãos condenados em tribunal?
Fugindo dos termos legais, procurei analisar esta merda do ponto de vista de «espírito da lei», do que significa para o cidadão, para o adorado contribuinte, estes indultos e nada mais consegui espremer de mim do que:

1. o Papa tem que representar para o nosso Estado um sentimento qualquer de remissão, que a justiça portuguesa só consegue recriar quando o Papa cá vem, o que quer dizer que a justiça é cega mas non troppo
2. esses cidadãos condenados são beneficiados em relação aos demais que, em crimes semelhantes, bateram com os costados no cárcere anteriormente e não viram aos quadradinhos o Papa a comer bacalhau com broa em Fátima com o D.Jorge Ortiga, o D. Policarpo e o D. António Marto. 

Não sou nada contra os indultos, mas que tem o Papa, que é uma entidade religiosa, a ver com a Justiça de um Estado laico?
Será que quando os U2 cá vierem em Outubro aquela multazinha de Agosto de 2007 é finalmente arquivada para o dossier dos «Caga-Nisso»?

100 dias de Governo

O que me apraz dizer acerca dos 100 dias de Governo é que ainda ninguém me deu um tacho. Não percebo do que se está à espera.