27/08/2009

As militares não são assim tão sensuais como as imaginara

De cada vez que vejo os videos promocionais das tropas especiais não posso deixar de pensar que a vida militar está cheia de recrutinhas enganados pelos filmes do Rambo.
A música épica que acompanha a promoção, as armas e fardas modernas e limpas, os Hummer que nem nos pertencem, a união da equipa, a glória implícita, faz pensar que no final de uma intervenção militar de elite teremos o quartel cheio de magníficas loiras despidas a saudarem os bravos heróis, com copos de champanhe e um porco no espeto.
Pobres recrutas, nem imaginam que só para aí metade (?) deles é que chegam ao fim do curso e que, pelo caminho, têm que levar com Sargentos com a 4ª classe a urrar toda a espécie de animalidades acéfalas. Isto para não referir as agruras das lamas e ribeiras às 3 da manhã de Janeiro em cuecas, entre outras sobremesas servidas no alto de redes e muros com arame farpado e correrias pelo mato.
Da minha parte tive o meu quinhão de vida militar no quartel de Ajuda, em cuecas com os outros mancebos, a receber bramidos de um qualquer alarve com farda e de fita métrica na barriga. E, o melhor, é que as gajas fardadas, ao contrário dos meus sonhos, não são assim tão sexy e ainda conseguem ser mais oligofrénicas que os companheiros machos.