30/10/2005

FACSIMILE



Segundo agências noticiosas, esta semana, um determinado grupo de investigadores do Ministério Público detinha um mandato para fazer uma busca numa determinada instituição bancária, com o propósito de averiguar algumas suspeitas de branqueamento de capitais por parte de alguns quadros superiores.
Ao irromperem pelas instalações, provocando alguma agitação entre os funcionários, foi-lhes pedido o respectivo mandato de busca. Na pressa de cumprirem o dever, os senhores das autoridades esqueceram-se de levar o mandato emitido pelo juiz. Este foi pedido por telefone e solicitado o seu envio para um nº de fax da instituição bancária onde se encontravam. Se esta situação era já de si caricata, em mais ridícula se transforma quando o mandato chega ás mãos dos responsáveis do banco: o documento, que confirmava as pretensões dos investigadores, incluía o plano de investigação que abrangia outras instituições bancárias, com buscas a realizar nessas instituições nos dias subsequentes.
Com base em notícias postas a circular por fontes menos credíveis NÃO SEI QUE DIGO soube que passado meia hora após a recepção do fax, o conteúdo deste já era conhecido por todos os gestores de topo das instituições bancárias sob investigação do Ministério Público.