18/11/2006

Obrigado, mas não... obrigado!


Era ainda muito jovem, e seguramente ainda mais ignorante do que sou hoje, quando o referendo à ivg se realizou. No rescaldo recordo-me de ter sido feita uma pergunta a um dos pricipais dirigentes do PS, na altura seria Ministro de qualquer coisa, Jorge Coelho, sobre uma eventual remarcação na Assembleia da República de novo referendo após derrota do Sim e com participação abaixo dos 50%, que não vinculava o resultado. Jorge Coelho usou uma expressão que não mais esqueci: periodo de nojo. Na altura pareceu-me uma forma grosseira, até obscena, de dizer que tem que se esperar uns tempos para as pessoas pensarem melhor e redefinirem-se algumas orientações. Percebi depois que é uma expressão delicada e recorrente, inclusivé na terminologia jurídica.
Mas quem não a conhece é Santana Lopes, para quem a fome de exposição é tão grande que até decide regressar à cena política mesmo antes de as pessoas curarem a bebedeira que apanharam após a sua saída de São Bento....