26/01/2011

Barreira do tempo

Interpelei hoje um tipo com um metro e oitenta e cinco (portanto quase mais 10 cm que eu):
- Jovem! A torneira... (tinha deixado a torneira aberta a jorrar água e preparava-se para ir embora)
- Ahh (claramente borrado de medo e cheio de respeitinho), esqueci-me! Desculpe.
Fechou a torneira e foi embora rôxo de vergonha...e medo.

Na realidade, era exactamente a mesma reacção que aos 18 anos eu tinha quando era interpelado por um respeitado adulto.
Respeitado adulto!? Conclusão: sou um cota. Atravessei hoje uma linha sem retorno, de ora em diante só me resta trabalhar, pagar os crescentes impostos, taxas e emolumentos, as propinas dos filhos e calçar pantufas de veludo até à minha reforma.