06/08/2006

Iguanas

Existem pessoas com hábitos estranhos e formas de socializar que me arrepia, como aquelas que insistem em contar-me estórias e falar-me de terceiros como se eu os conhecesse pessoalmente, referindo-se a eles pelo nome próprio e não fazendo uma pequena introdução da pessoa ou a relação que têm consigo. Assim não são raras as vezes que essas pessoas que me falam no seu marido ou no seu primo ou amigo de infância ou no seu cão como o João ou o Heitor ou o Marialva. Ainda esta 6ªfeira entro no gabinete da minha chefe e ela me diz que acabara de desligar o telefone a pedir ao Sérgio para ir ao videoclube ver se estava por lá o Novo Mundo com o Colin Farrell. Mas quem é o Sérgio!? Algum colega novo?
A minha amiga estava sentada ao meu lado e começa a rir-se, mas de que te ris? Ah, foi o Abreu que me contou uma piada quando ontem estavamos nos anos da Rita? Quem!? Anos de quem!? uem são essas pessoas?
Falo destas coisas porque me incomoda perguntar quem serão essas pessoas, mas por outro lado são importantes para o desfecho da estória da carochinha que me contam. É como num livro falar-se de personagens sem se explicar o que são e o que as relaciona entre elas.
Não me aborreçam com estas coisas, chamem-lhes pela relação que têm com eles: marido, cunhado e amante, iguana, etc.