... , ou não tinha, que fugir ao fisco e mentir na declaração ao Tribunal Constitucional era errado. Ainda há vergonha na cara, porque se não houvesse ele assumiria em tribunal que era mesmo bandido. Mas há é pouca vergonha. Todos topam que o Isaltino é um tretas e se aproveitou dos seus cargos para se apropriar de dinheiros que lhe não pertenciam. Ele sabe que nós sabemos que ele sabe que tem poucos escrúpulos. Não é um garoto, não o era na altura. Doutro modo já se havia demitido porque ainda existe a ética e a moral (existe, mas não lhe liga muito...).
Assim continua esta novela absolutamente orwelliana (deve existir um escritor mais adequado para a analogia, mas os meus conhecimentos são muito limitados), onde o réu admite que fez mal, mas era assim que se fazia e logo está a sua acção legitimada pelao Estado e Povo.
Honestamente, já nem consigo ficar escandalizado e indignado. É como com o Vale e Azevedo, já dá assim um sentimento de ternura pela desfaçatez.
