30/12/2005

Hummm



Já vivi qualquer coisinha. Já vi deporem príncipes, serem eleitos presidentes, nascer e morrer estrelas de rock, já vi araras andarem de bicicleta, já vi o Eládio Clímaco apresentar os Jogos Sem Fronteiras, já vi amigos de infância casarem e outros terem filhos. Mas nada disto me preparou para o que aconteceu no outro dia.
Um dia normal no trabalho, como qualquer outro. Toca o telefone, “Sra. M. para ti, Vítor”. “Passa” Não sei porque acontecem estas coisas, mas a sra. M não dizia o som «Q»! “Olá, Sr. Vítor, tenho uma enhomenda de hamarão para o Harrefour. Mas o homercial ligou-me há bohado a dizer hê não chegou nada ainda. Eu sei hê é huarta feira e há muita hoisa, mas não posso ter problemas hom este hliente”.
Hã!? “Sim, no Harrefour de Telheiras...”
O que não mata engorda. Sinto-me, após esta experiência abizarrada, mais forte para encarar este ano de 2006, o qual vai ser ainda mais caro, com maiores probabilidades de cair no desemprego, com canais de TV públicos mais ridículos, com mais incongruência das pessoas que partilham algum do nosso espaço quotidiano, talvez até com menos alegria. Será alguma vez o futuro menos negro do que é actualmente? Fossem todos os nossos problemas como o da Sra. M.
Já agora, o nosso Primeiro caíu do ski e magoou-se na pata. Quantos não terão desejado a sua extinção, imaginando-o a caír de um penhasco? Eu não!