17/09/2006

Referendo


A questão do referendo voltou à minha mente depois de ter ouvido hoje que se realizavam eleições na Suécia.
Ontem postei que a minha crença no referendo era quase nula, pois são questões que o político tem obrigação de defender e aprovar ou não. Em Portugal juntamos o facto que temos cerca de 30% de eleitores a votar em referendos, nas autárquicas, nas europeias... se tanto.
No entanto, no telejornal ouvi que hoje temos legislativas na Suécia, onde também se realizarão dois referendos regionais em conjunto. Tanto quanto me tenho informado, este é um meio que a classe política nórdica, suiça, austríaca, têm de aproximação com o povo, responsabilizando-o pela tomada de medidas mais polémicas e fracturantes. Mas na Suécia, Suíça, Noruega, etc, o povo é um pouco mais responsável, pois tem fama de votar em consciência, para além que têm cerca de 85% de eleitores em cada acto.
Postas as coisas desta forma parece que o referendo poderá ter sentido, afinal a legitimação de 80% de eleitores confere uma força que nenhum político poderá nunca desautorizar ou declarar insuficiente.
E assim segue alegremente um país como a Suécia e a sua Estocolmo, que hoje terá juntamente com os boletins para os deputados da nação um outro em que escolherá a implementação ou não de portagens para se entrar na cidade.