Calma amiguinhos, está mesmo aí.
Não, não é a retoma. Não, não é a redução dos impostos. Não, não é um Cabaz de Verão para quem adivinhar a pergunta “Com quantos homens dormiu no último ano a propalada candidata à Câmara Municipal de Cascais pelo Partido Popular Monárquico Elsa Raposo, sempre na boca dos campistas festivaleiros do Fesival do Sudoeste?”.
Não. Muito melhor. Está aí o 6º livro do Harry Potter!! A partir da meia noite e 1 minuto, todos podem comprar a nova aventura “The Half-Blood Prince”
A estratégia de marketing está no auge. Para que ninguém tire partido do fuso horário e porque a autora queria que todos os jovens tivessem acesso ao livro e o lessem ao mesmo tempo, todas as distribuidoras mundiais responsáveis pelo livro vão iniciar as vendas ao mesmo tempo, a partir das 00h de Londres (e Lisboa) de 16 de Julho.
Ora, toda esta Operação Confidencialidade custa dinheiro e exige esforço para controlar as vendas e fugas de informação.
Ao que NÃO-SEI-QUE-DIGO conseguiu apurar, nem o próprio autor das capas do livro (sim, porque existem 2 versões, para crianças e adultos!), teve acesso ao conteúdo, nem mesmo uma sinopse, tal é a confidencialidade em que Harry Potter está envolto. A única coisa que se sabe é que morre uma personagem... pessoalmente, poderia ser o aprendiz de bruxo mais famoso do universo, não me importava, pelo menos não fariam filmes dele que ocupam 3 salas do mesmo cinema, atirando para a prateleira filmes retardatários que guardo para mais tarde, e que, deste modo, não vejo.
Ao que parece já existem alguns episódios bastante bizarros, senão mesmo estúpidos, quem sabe até reveladores de alguma paralisia do cortéx central nervoso de alguns cidadãos da América do norte. Transcrevemos aqui algumas notas do DN online: “Em Vancôver, por exemplo, 14 exemplares foram vendidos a semana passada pela Raincoast Books Ltd. (a editora responsável pela distribuição do livro de Rowling no Canadá), desencadeando de urgência uma ordem judicial capaz de travar a crise que se adivinhava. Proibidos de divulgar a trama, os compradores ficaram ainda obrigados a devolver todos os exemplares, em troca de um autógrafo da autora.” Para quê o livro, se podemos ter a autora?
Outra pérola: “Em Nova Iorque, Sylum Mastropaolo, de nove anos é um admirador das aventuras do feiticeiro, também conseguiu comprar o sexto livro, à venda por engano numa loja da cidade. Os pais acabaram por devolver o exemplar depois de o filho ter lido apenas as primeiras páginas. "Não queremos estragar o gozo às outras crianças, nem a experiência de leitura colectiva (oh Deus!) ", adiantou o casal. Ao garoto, enquanto a tão desejada meia-noite não chega, resta o consolo de ter sido o único da sua idade a ter a fantasia nas mãos. Mesmo que por tão pouco tempo.” Nestas linhas pudemos apreciar a bondade e altruísmo norte americanos, tão presentes na sua cultura e nos conteúdos programáticos do Presidente Bush e sua administração.
Bem, como podemos observar, Potter, Potty para os amigos, continua a vender mais por dia que qualquer edição da Bíblia, Corão ou Tora, até mesmo mais que a Golden Edition da Playboy, comemorativa dos seus 50 anos entre mãos masculinas.
Ahh, só mais uma chamada de atenção: a versão posta à venda hoje contempla apenas a versão inglesa. Quem não sabe é como quem não vê!
